quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O CUSTO DA ENERGIA


Muito oportuna e importante a campanha lançada pela FIESP e apoiada formalmente e com entusiasmo, pelo SINPLAST, com o objetivo de alcançarmos uma energia a preço mais baixo. Já não é sem tempo que a iniciativa privada, a grande consumidora e pagadora, se jogue em uma campanha para conseguir redução no custo da energia.
Cada vez mais vozes se levantam para demonstrar que o valor que estamos pagando pela energia está completamente fora dos padrões pagos pelos nossos concorrentes em todo o mundo. Estados Unidos, França, China, são exemplos de preços muito menores que os nossos. A maior exceção é a Alemanha. Basta ver o mais recente estudo comparativo feito pela FIRJAN.
É premente exercer uma forte pressão sobre as autoridades responsáveis por estes custos, para rever os valores finais e começar a tomar medidas para redução destes custos. Há alternativas, sem dúvida! O que não há é uma maior movimentação neste sentido. A impressão que tenho é que, pela nossa atitude complacente, ‘eles’, aqueles que definem as tarifas finais, entendem que estamos de acordo.
Está mais do que em tempo de todas as entidades assumirem uma posição do tipo que a FIESP resolveu adotar ou simplesmente se aliarem à FIESP, apoiando a campanha deles. Entendo que o mínimo que se deva fazer é apoiar a campanha deles.
O foco hoje tem se concentrado no vencimento dos prazos das concessões. É preciso lembrar que todo o universo de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica é uma concessão e uma das regras destas concessões é que há um prazo determinado em que ela caduca. Neste momento, quem tiver capacidade e vontade se apresenta como candidato a assumir a concessão. Pode até ser a atual concessionária que se proponha a reassumir a concessão, competindo com as demais candidatas.  O importante é competir e que ganhe quem oferecer a menor tarifa.
P.R.Wolff
05.09.11

CURIOSIDADE IMPORTANTE


Acabei de participar do lançamento de um livro que traz a tona uma espantosa realidade à qual não costumamos dar valor, visto que faz parte de nosso dia-a-dia e inclusive de nosso folclore: o carvão. No caso se trata do carvão de lenha, com o nome tecnicamente mais correto de carvão vegetal, aquele que costumamos comprar no super mercado para o nosso tradicional churrasquinho de fim de semana.
O livro em si é um libelo contra a caracterização legal do carvão vegetal como produto perigoso e suas implicações, em vista disso, no seu custo final.
No entanto o que mais me chamou a atenção é o potencial energético embutido no carvão e, originalmente, na lenha.
Segundo o Dr. Geraldo Mario Rohde, autor do trabalho todo, resumido no livro ‘carvão vegetal’, a quantidade de energia armazenada anualmente na lenha, decorrente da fotossíntese, equivale a cerca de 10 vezes a quantidade de energia global consumida por ano em nosso planeta. Isto tudo armazenado em nossa lenha, a que damos tão pouco valor. Afinal de contas ela serve é para queimar mesmo! Tão simples e tão grandioso, que nem nos damos conta. Foge de nosso alcance normal.
Olhando este universo sob o olhar clássico da engenharia, as energias fósseis, em última análise, são biomassa armazenada nos milhões de anos de existência de nosso planeta. Seja o petróleo, seja o carvão mineral.
Saindo dessa contemplação histórica ou filosófica, temos que nos dar conta do potencial das energias renováveis que tanto menosprezamos. Afinal todas elas são decorrentes dos efeitos do sol. Seja a eólica, a fotovoltaica, a hídrica e o clássico  aquecimento direto da água. A única que podemos afirmar não ser decorrente do sol seria a nuclear.
Voltando ao título deste comentário, ‘curiosidade importante’, gostaria de destacar a necessidade de que, a cada tanto deveríamos fazer uma pequena pausa em nossas preocupações do dia-a-dia e lembrar essa realidade, e refletir sobre ela.
Isso não quer dizer que deveríamos jogar tudo para o espaço e começar de novo. O importante é prosseguir em nossas lides diárias, atrás das mais diversas soluções para nossos problemas, sejam os de hoje, sejam os de amanhã sem menosprezar o início de tudo.
P.R.Wolff
26.08.11

PS: informações e www.bancossociaisrs.org.br 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES - considerações 2


Recebi hoje um e-mail de José Augusto Sava, membro da rede energia CNI, representando a FINDES. Ele é auditor do Estado do Espírito Santo, atuando na coordenação de auditoria, CAUD, da Secretaria de Estado de Controle e Transparência, SECONT.
Os comentários que ele faz me deram força e me estimularam para continuar a bater na tecla de rejeição da prorrogação das concessões por canetaço, como está se pintando. Prorrogação das concessões em minha leitura é confirmar a incompetência das autoridades responsáveis em fazer seus ‘deveres de casa’.
Todas as concessões em vigor hoje foram concedidas há bem mais de 10 anos atrás. Neste prazo as autoridades competentes teriam tido tempo suficiente para preparar os editais de licitação, avaliando todas as repercussões e implicações relativas ao simples cumprimento da legislação. Tudo o que se fala hoje a favor da prorrogação é pura cortina de fumaça para tentar esconder as falhas do poder concedente e para proteger principalmente as concessionárias estatais. Houve tempo suficiente para cumprir seu dever e está mais do que na hora das autoridades assumirem as responsabilidades que lhes são inerentes ou entregar o bastão.
O ponto crucial, que em minha leitura é o custo da energia, para variar está sendo relegado muito convenientemente a um segundo plano.
P.R.Wolff
25.8.11 

RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES – considerações


Um dos aspectos que considero preponderante no que diz respeito à renovação das concessões é a resposta à pergunta clássica: a quem interessa!
Na minha visão o problema é de extrema importância para as atuais concessionárias especialmente àquelas com forte vínculo estatal.
Para nós consumidores, saber quem detém a concessão é o que menos importa. O que importa é saber o que vou pagar por um insumo fundamental sobre o qual tenho pouca ou nenhuma chance de negociar e que hoje está me custando muito. Se a concessionária que me fornece a energia a compra da geradora A ou B, se a transmissora que lhe fornece é C ou D, deixa de ser relevante para mim.
As atuais concessionárias, no entanto, especialmente as estatais, que costumam considerar a distribuição de energia elétrica como sendo um monopólio, correm o risco de ficarem de repente ocas, ou seja, tem toda uma infra-estrutura sem ter o que vender, sem finalidade, vazias! Dá para imaginar a neura dos seus atuais dirigentes. E o drama é o mesmo tanto para uma concessionária de distribuição, como de transmissão ou de geração.
Acompanhando o que se escreve e escreveu sobre este tema, é impressionante como há as mais diversas associações que defendem interesses das concessionárias e muito poucas as que defendem interesses dos consumidores.

P.R.Wolff
14.08.11

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ANEEL


Emitido aviso de audiência pública para ‘obter contribuições à minuta de Resolução Normativa que busca reduzir as barreiras para a instalação de micro e minigeração distribuída incentivada e alterar o desconto na TUSD e TUST para usinas com fonte solar’.
A audiência pública presencial está prevista para se realizar no dia 6 de Outubro próximo, em Brasília. O recebimento de contribuições por escrito já está aberto e se encerra em 14 de Outubro.
O conceito de geração incentivada é previsto especialmente para a geração eólica e fotovoltaica, com potência até 1 MW.
A ANEEL, com esta iniciativa está mais uma vez tentando abrir a possibilidade de romper as barreiras existentes para operação de pequenas centrais em paralelo com a rede da distribuidora.
Está na hora dos interessados começarem a se mexer no sentido de que desta vez seja aprovada a resolução, possibilitando a operação em paralelo se torne realidade também no Brasil.
Detalhes podem ser obtidos no site da ANEEL, www.aneel.gov.br, em audiências públicas, AP 042 2011, e em breve no site do SINPLAST.

P.R.Wolff
17.08.11 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Conta de Luz


A conta de luz, além de sua função comercial clássica de fatura, deve conter uma série muito grande de informações exigidas pela ANEEL, para que o cliente, consumidor, possa analisar e conferir seu comportamento quanto ao consumo de energia elétrica.
Na fatura existem diversos blocos de informações. Alguns são os clássicos de qualquer fatura comercial e outros são os que contem as informações sobre o desempenho da unidade consumidora. Não podemos esquecer que estamos comprando da concessionária um produto e um serviço.
Nas ‘contas de luz’ da RGE, por exemplo, cada bloco está muito bem caracterizado enquanto nas da CEEE-D não está tão bem caracterizado.
O bloco comercial mais importante para acompanhamento do desempenho é aquele onde estão listadas as quantidades fornecidas, os valores unitários/tarifas e o valor total de cada item e o valor total da fatura.
Este bloco está localizado na parte inferior direita da fatura.
Cada um destes itens deve ser transferido para uma planilha de controle e acompanhamento para avaliação estatística e para confrontar com o desempenho da empresa no período correspondente.

P.R.Wolff
08.08.11

SINPLAST Energia - Blog



Objetivos do BLOG
  1. nivelamento dos conceitos e jargões usados em nossas relações com a concessionária e com as autoridades da área energética (ANEEL e cia).
  2. esclarecimento dos conceitos e jargões usados pela concessionária nas ‘contas de luz’.
  3. criação de massa crítica, ou seja, conquistar um número mínimo de empresas engajadas no que diz respeito à problemática da energia elétrica quanto ao seu custo e à sua qualidade que garante a continuidade das ações para a busca das soluções.
  4. com o respaldo deste grupo, passar a pressionar todos os órgãos públicos ou privados, que influam direta ou indiretamente numa política pública da energia elétrica que melhore nossa competitividade num mercado globalizado como o que temos hoje.

P.R.Wolff
06.08.11